Feijão: após uso de tecnologia, produtividade em lavoura sobe 100%
Mesmo com problemas climáticos, ferramenta também melhorou o desenvolvimento da cultura, com plantas mais vigorosas, altas e com maior número de folhas
A produtividade média de feijão caupi em alguns municípios do Maranhão mais que dobrou depois da utilização de inoculantes para fixação biológica de nitrogênio (FBN). A tecnologia permitiu que a rentabilidade dos produtores rurais da região passasse de 515 quilos por hectare em 2016 para 1.170 quilos por hectare em 2018.
Os dados foram obtidos após avaliação de impacto feita no local pela Embrapa e pela Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão (Agerp) em outubro do ano passado. Analistas visitaram 12 agricultores de quatro regiões: Joselândia, Santo Antônio dos Lopes, Bernardo do Mearim e Lima Campos.
“Todos enfatizaram a aprovação do programa e o aumento da produtividade com a fixação biológica do nitrogênio. Alguns tiveram tanto aproveitamento que houve excedente na produção e a busca por mais mercado se tornou necessária”, afirma o analista Edson Martins, da Embrapa Agrobiologia.
“Antes eles tinham uma produção baixa, com poucas expectativas, e, com a utilização do inoculante, alguns puderam triplicar a produtividade. O excedente foi comercializado, ou seja, resultou em benefícios econômicos, sociais e produtivos”, avaliou a assessora técnica da Agerp Alba Maciel.
Programa
Foi para reduzir a extrema pobreza e as desigualdades sociais no meio urbano e rural que o governo do Maranhão criou o Programa de Ações de Pesquisa e Transferência de Tecnologias para a agricultura familiar. Dentro da cadeia do feijão-caupi – grão que é a base da alimentação das famílias no semiárido nordestino –, o programa teve como objetivo específico o fomento do uso da FBN por meio da aplicação de inoculantes de rizóbio e sementes biofortificadas.
Ao todo, 16 cidades foram assistidas pelo programa ao longo dos últimos dois anos e 300 agricultores foram beneficiados. “Na época em que o programa começou, o Maranhão tinha o IDH mais baixo do Brasil. Nas diversas oportunidades em que estive lá, pude ver que havia comunidades agrícolas e indígenas que estavam numa linha de pobreza muito grande. Então é bom ver que está dando certo”, diz a chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agrobiologia, Ana Garofolo.
A partir da implementação do programa, a Agerp distribuiu sementes de feijão-caupi para os municípios com os índices mais baixos, enquanto a Embrapa ficou responsável pela capacitação de agentes de assistência técnica e extensão rural e também pela distribuição de inoculantes, juntamente com a Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (Anpii). Ao todo, foram capacitados 35 técnicos da Agerp, que atuaram como multiplicadores e orientaram os produtores no uso correto da tecnologia.
Foram distribuídas 323 toneladas de sementes no estado, sendo que cada município recebeu duas toneladas, divididas em kits com 20 quilos de sementes e inoculantes bacterianos, direcionados para os cem produtores familiares de mais baixa renda.
Outras 400 doses do produto biológico foram distribuídas para agricultores não contemplados com as sementes para utilizarem em suas lavouras, alcançando os 300 produtores nos 16 municípios assistidos.
“Todos enfatizaram a aprovação do programa e o aumento da produtividade com a fixação biológica do nitrogênio. Alguns tiveram tanto aproveitamento que houve excedente na produção e a busca por mais mercado se tornou necessária”, afirma o analista Edson Martins, da Embrapa Agrobiologia.
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Programa
Foi para reduzir a extrema pobreza e as desigualdades sociais no meio urbano e rural que o governo do Maranhão criou o Programa de Ações de Pesquisa e Transferência de Tecnologias para a agricultura familiar. Dentro da cadeia do feijão-caupi – grão que é a base da alimentação das famílias no semiárido nordestino –, o programa teve como objetivo específico o fomento do uso da FBN por meio da aplicação de inoculantes de rizóbio e sementes biofortificadas.
Ao todo, 16 cidades foram assistidas pelo programa ao longo dos últimos dois anos e 300 agricultores foram beneficiados. “Na época em que o programa começou, o Maranhão tinha o IDH mais baixo do Brasil. Nas diversas oportunidades em que estive lá, pude ver que havia comunidades agrícolas e indígenas que estavam numa linha de pobreza muito grande. Então é bom ver que está dando certo”, diz a chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agrobiologia, Ana Garofolo.
Foram distribuídas 323 toneladas de sementes no estado, sendo que cada município recebeu duas toneladas, divididas em kits com 20 quilos de sementes e inoculantes bacterianos, direcionados para os cem produtores familiares de mais baixa renda.
Outras 400 doses do produto biológico foram distribuídas para agricultores não contemplados com as sementes para utilizarem em suas lavouras, alcançando os 300 produtores nos 16 municípios assistidos.
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