sábado, 16 de fevereiro de 2019

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    Eleições na Nigéria são adiadas poucas horas antes de seu início

    Faltando poucas horas para o início das eleições, o órgão eleitoral local decidiu adiar a votação
    Faltando poucas horas para o início das eleições, o órgão eleitoral local decidiu adiar a votaçãoREUTERS/Luc Gnago
    As eleições gerais da Nigéria foram adiadas para o próximo dia 23  de feveiro, poucas horas antes da abertura dos centros de votação em todo o país. A informação é da Ceni (Comissão Eleitoral Nacional Independente), órgão eleitoral local.
    "Após uma cuidadosa revisão da implementação do plano logístico e operacional, e tendo em vista a determinação de realizar eleições livres, justas e confiáveis, a Comissão concluiu que o processo de eleições conforme programado já não é mais possível", afirmou o presidente da Ceni, Mahmood Yakubu.
    Como resultado, a Comissão remarcou as eleições presidenciais e a Assembléia Nacional para sábado (23), e as que renovarão a Assembléia de Governadores, as Câmaras Estaduais e o Conselho do Território da Capital Federal, previstas a princípio para o dia 2 de março, acontecerão no dia 9 do próximo mês.
    "Esta é uma decisão difícil para a Comissão, mas necessária para o desenvolvimento bem-sucedido das eleições e a consolidação de nossa democracia", ressaltou Yakubu, aos veículos de imprensa, após uma reunião de emergência na sede do órgão, em Abuja.
    A medida inesperada oferece "a oportunidade de enfrentar os desafios identificados para manter a qualidade de nossas eleições", acrescentou o presidente, sem dar mais detalhes.
    Mais de 84 milhões de nigerianos foram convocados para as urnas hoje para a realização da sexta eleição democrática no país, onde o atual presidente, Muhammadu Buhari, busca a reeleição, apesar das duras críticas ao seu mandato de quatro anos.
    Redes sociais
    Muitos perfis de nigerianos fizeram duras críticas ao governo pelo adiamento. Em alguns casos, imagens mostravam pessoas que tiveram que viajar a outras cidades, dormindo no chão, aguardando a abertura dos centros de votação. 

    Guerra entre cartéis esfria, mas homicídios explodem em Tijuana

    Cenas de crimes são cada vez mais comuns nas ruas de Tijuana, no México
    Cenas de crimes são cada vez mais comuns nas ruas de Tijuana, no MéxicoEFE / AFN / Arquivo
    A cidade de Tijuana, na fronteira do México com os EUA, foi palco de conflitos sangrentos entre o cartel local e o cartel de Sinaloa, liderado por Joaquín “El Chapo” Guzmán, até o fim da década passada. A violência, que diminuiu durante alguns anos, agora voltou com força, mas diferente.
    Os homicídios vêm batendo recordes, mas o perfil dos crimes mudou. Antes, os grandes traficantes disputavam rotas para levar drogas para o outro lado da fronteira. Agora, pequenos traficantes e usuários matam e morrem por pontos de venda na rua, por dívidas, por disputas internas.
    Em 2012, foram 367 homicídios, o menor número em décadas. Mas a paz relativa não duraria muito. Gradualmente, o número foi aumentando, até explodir nos últimos anos. Em 2018, o número foi quase 700% maior que o de 2012: 2.518 assassinatos.
    Mudança na criminalidade
    O quadro ainda deve piorar. Somente nos primeiros 29 dias de janeiro deste ano, foram 196 homicídios registrados na cidade, o pior resultado para o mês na história de Tijuana.
    A causa disso, segundo moradores e autoridades, foi uma grande mudança na atuação de gangues e no mercado de drogas local. Antigamente, a cidade era usada como rota de passagem dos tóxicos para o mercado norte-americano. Hoje, uma epidemia de uso de metanfetamina tomou conta de Tijuana.
    Com isso, a maior parte das mortes nos últimos anos é de pequenos traficantes em confrontos por pontos de venda nas ruas, de outros traficantes que, ao invés de vender, usam as drogas, e de usuários que ficam devendo pagamentos, principalmente.
    "É entre eles"
    Para a polícia da cidade, a situação parece quase confortável. O chefe dos policiais de Tijuana, Marco Antônio Sotomayor, já declarou diversas vezes que os turistas e a maior parte dos residentes não precisam se preocupar com a violência.
    “Os que estão morrendo são jovens e criminosos que entram em um mundo onde eles sabem que há esse risco nos negócios, o risco de perderem suas vidas. Temos de entender que a cidade não está pegando fogo nem nada parecido”, disse ele, em entrevistas. A frase “é entre eles” é comum entre autoridades mexicanas para falar sobre a violência.
    Na verdade, a situação pode ser mais grave do que a polícia deixa transparecer. Segundo uma pesquisa, estima-se que cerca de 3% do estado da Baja Califórnia, onde fica Tijuana, ou cerca de 100 mil pessoas já tenham experimentado metanfetamina. É o maior percentual entre os estados mexicanos.

    Japonês sequestrado há 40 anos leva vida normal na Coreia do Norte

    Tanaka desapareceu em 1978 e hoje vive em Pyongyang, segundo Coreia do Norte
    Tanaka desapareceu em 1978 e hoje vive em Pyongyang, segundo Coreia do NorteMontagem R7/Fotos KCNA via Reuters e NARKN
    A Coreia do Norte revelou a Tóquio que um homem nativo da ilha japonesa de Honshu e desaparecido desde 1978 vive atualmente em Pyongyang com esposa e filhos, segundo informações veiculadas pela agência Kyodo na sexta-feira (15).
    O governo japonês diz que o homem, chamado Minoru Tanaka, foi sequestrado por agentes norte-coreanos quando tinha 28 anos durante uma viagem a Viena, na Áustria.
    O caso veio à tona em 1997, quando um norte-coreano de nome Zhang Young-eun, que residia no Japão, confessou ser parte da Nakdong — organização secreta da Coreia do Norte que sequestrou Tanaka.
    O jovem era funcionário de um restaurante onde o norte-coreano atuava como gerente e viajou para a Áustria a convite de seu chefe. Junto de outros dois agentes da Coreia do Norte, a dupla passou por Viena e Moscou, na Rússia, até desembarcar em Pyongyang.
    Minoru Tanaka foi formalmente incluído na lista de japoneses sequestrados pelo regime norte-coreano em abril de 2005, segundo a Associação Nacional para o Resgate de Japoneses Raptados pela Coreia do Norte (NARKN, na sigla em inglês).
    Sequestrados pelo regime
    Atualmente, o governo do Japão reconhece que 17 cidadãos japoneses foram raptados pela Coreia do Norte durante as décadas de 1970 e 1980, mas alega que o regime está envolvido em muitos outros desaparecimentos.
    Cinco dos 17 japoneses da lista foram repatriados em 2002.
    De acordo com o site da NARKN, outro dos ex-agentes de Pyongyang de nome An Myong-jin confessou ter testemunhado o sequestro de ao menos 15 japoneses.
    O regime capturava cidadãos do Japão com o intuito de usar seus documentos para fins de espionagem. Japoneses com bagagem acadêmica eram também raptados e empregados como professores em faculdades norte-coreanas. An Myong-jin revelou, por exemplo, que ao menos 30 japoneses atuavam como instrutores na Universidade Política e Militar Kim Jong-il, em Pyongyang. Mesmo os que eram sequestrados e não tinham condições de lecionar eram obrigados a desempenhar outras tarefas para o regime.

    Boko Haram e a ameaça jihadista que paira sobre eleição na Nigéria

    Digite a legenda da foto aqui
    Digite a legenda da foto aquiEmmanuel Braun/Foto de arquivo/Reuters - 18.3.2015
    Os ataques do grupo jihadista Boko Haram aumentaram na Nigéria nas semanas próximas das eleições gerais deste sábado (16), e a ameaça terrorista paira sobre a realização do pleito no país mais populoso da África.
    O atual presidente nigeriano e líder do partido Congresso de Todos os Progressistas (APC), Muhammadu Buhari, tenta a reeleição e terá como principal concorrente o empresário e ex-vice-presidente do país, Atiku Abubakar, do Partido Democrático Popular (PDP).
    O ministro da Informação, Lai Mohammed, ressaltou em janeiro que as autoridades contavam com "informações críveis" de que alguns políticos opositores tinham planos para orquestrar ataques generalizados a fim de atrapalhar a votação.
    De acordo com ele, integrantes do Boko Haram e outros criminosos foram mobilizados para cometer grandes ataques no norte da Nigéria, mas não revelou os nomes desses políticos opositores, nem deu mais detalhes.
    "Antes das eleições na Nigéria neste mês, o Boko Haram aumentou seus ataques no nordeste, e a violência relacionada com as eleições começou a crescer", disse em seu site o instituto de análises International Crisis Group (ICG).
    Segundo o instituto, "para evitar uma crise violenta, as forças de segurança devem se manter imparciais, e os políticos devem cumprir suas promessas de fazer uma campanha pacífica e questionar os resultados de maneira legal".
    Pelo menos 60 pessoas morreram em um ataque cometido em 28 de janeiro pelo Boko Haram na cidade de Rann, no estado de Borno, o pior em número de vítimas até o momento na região, segundo a Anistia Internacional (AI).
    O clima de violência em Rann forçou cerca de 30 mil pessoas a fugir para Camarões, devido aos ataques e ameaças constantes do grupo jihadista.
    O Boko Haram causou mais de 20 mil mortes desde seu surgimento, em 2009. O grupo terrorista luta para impor um Estado islâmico na Nigéria, uma nação de quase 200 milhões de habitantes com maioria muçulmana no norte e predomínio cristão no sul.
    Além disso, cerca de 2 milhões de pessoas vivem em acampamentos para deslocados pela violência dos fundamentalistas, segundo a ONU.
    Buhari chegou ao poder em maio de 2015 e uma das suas primeiras decisões foi uma ofensiva militar contra o Boko Haram em seu reduto no nordeste do país. Depois, chegou a dizer em dezembro daquele ano que a organização insurgente tinha sido "tecnicamente derrotada".
    Desde então, o governo insistiu na degradação do grupo terrorista, mas a realidade mostra que os ataques dos jihadistas têm se tornado mais audaciosos e pioraram através de campanhas promovidas separadamente por facções rivais, que têm militares como alvo.
    Enquanto o grupo original é dirigido por Abubakar Shekau, uma facção conhecida como Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP) tem como chefe Abu Musab al Barnawi, filho do fundador do Boko Haram, Mohammed Yusuf, assassinado em 2009.
    O grupo terrorista - que obteve notoriedade internacional em 2014 quando sequestrou mais de 200 meninas de uma escola em Chibok (Borno) - também aumentou seus ataques antes do pleito de 2015, quando Buhari derrotou o então presidente, Goodluck Jonathan.
    Naquela ocasião, as eleições foram adiadas por algumas semanas, de fevereiro a março, que deu tempo para que as forças de segurança garantissem a viabilidade da votação nas regiões afetadas pela violência.
    Além do Boko Haram, o país enfrenta outros problemas de segurança, como o conflito na região centro-norte entre pastores nômades armados da etnia fulani e fazendeiros que lutam pelo controle da terra e dos recursos naturais.
    Embora a maior parte das ameaças à segurança se concentrem no norte da Nigéria, o sul também enfrenta alguns desafios.
    A violência e os sequestros relacionados com as eleições aumentaram no sudoeste, na região do delta do rio Níger e no sudeste.
    Além disso, no sudeste, o movimento separatista do Povo Indígena de Biafra (IPOB), classificado como grupo terrorista pelo governo nigeriano, convocou um boicote ao pleito.
    Nesse contexto, o exército, que já ampliou a mobilização de tropas nas regiões afetadas pela violência, se prepara para sufocar qualquer distúrbio eventual que possa ocorrer após o anúncio dos resultados eleitorais.

    Odebrecht fecha acordo de colaboração com governo do Peru

    Peru é o 8º país com o qual a Odebrecht firma acordo
    Peru é o 8º país com o qual a Odebrecht firma acordoEduardo Anizelli/Folhapress
    A Odebrecht anunciou nesta sexta-feira (15) que fechou acordo de colaboração com o governo do Peru, com o conglomerado brasileiro dando mais um passo para tentar se recuperar dos efeitos de um escândalo de corrupção gigante no Brasil e em vários outros países.
    "A Odebrecht e o Estado peruano formalizaram nessa sexta-feira o acordo definitivo que estabelece as bases para continuidade da cooperação da empresa com a Justiça do país", afirmou a companhia em nota.
    O Peru é o oitavo país com o qual a Odebrecht chega a um acordo, após a companhia ter fechado acertos similares com Brasil, Estados Unidos, Suíça, República Dominicana, Panamá, Equador e Guatemala.
    Em dezembro, a Odebrecht havia assinado acordo de colaboração com autoridades peruanas, que incluía o pagamento de uma multa milionária de reparação civil e cooperação com investigações por ter pago propina para ganhar contratos de obras de infraestrutura.
    Os casos se suborno da Odebrecht no Peru abalaram a imagem dos quatro presidentes anteriores do país e da líder da oposição, Keiko Fujimori, que cumpre três anos de prisão preventiva por suposta lavagem de dinheiro.
    Os presidentes Alan García, Ollanta Humala e Pedro Pablo Kuczynski também são investigados no país, enquanto Alejandro Toledo tem um pedido de extradição dos EUA.

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