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RepúblicaBreves
01/11/2019 12:04h
Bilhões de dólares
Bolsonaro pretende usar dinheiro árabe em ferrovias do Acre ao Pacífico
Gazeta do Povo com Estadão Conteúdo

Presidente da República, Jair Bolsonaro se despede de Salman Bin Abdulaziz Al Saud, Rei da Arábia Saudita.| Foto: José Dias/PR
O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que pretende investir os US$ 10 bilhões prometidos ao Brasil pela Arábia Saudita em obras de infraestrutura, principalmente em ferrovias. Na declaração feita nesta sexta-feira (1º), Bolsonaro diz que pretende, "quem sabe, fazer a saída para o Pacífico, partindo do Acre". Segundo Bolsonaro, a América do Sul não recebeu nenhuma parcela do investimento de US$ 200 bilhões feito pela Arábia Saudita no mundo. "Por quê? Não vou perguntar para ele. Foi por falta de credibilidade", comentou. O presidente esteve na Arábia Saudita na última semana de outubro e prometeu ao Brasil investimentos bilionários. A Gazeta do Povo traz uma reportagem sobre o destino do dinheiro.

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Arábia SauditaJair Bolsonaro

+ em Breves
03/11/2019 18:02
Meio ambiente
Trump critica manejo florestal na Califórnia e ameaça cortar verba de combate a incêndios
Casa em chamas na Califórnia: destruição causada pelos incêndios florestais.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que vai cortar o financiamento federal à Califórnia para ajudar a combater os incêndios florestais registrados em todo o estado durante o período de ventos secos de outono. Trump escreveu no Twitter neste domingo (3) que o governador democrata da Califórnia, Gavin Newsom, fez um "terrível trabalho de manejo florestal".

Trump escreveu que, todos os anos, quando os incêndios ganham força, o governador californiano vai ao governo federal para obter ajuda. "Não mais", disse o presidente norte-americano, acrescentando que outros estados não registram o mesmo nível de incêndios. "Eu disse a ele no primeiro dia que nos encontramos que ele precisa 'limpar' o solo da floresta, apesar do que seus chefes, os ambientalistas, solicitassem dele." Newsom respondeu também pelas redes sociais: "Você não acredita em mudanças climáticas. Está desculpado desta conversa". A Califórnia vem sofrendo com incêndios florestais imensos.

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03/11/2019 17:10
São Paulo
“É preciso não confundir conservadorismo com autoritarismo”, diz Barroso
Estadão Conteúdo
O ministro do STF Roberto Barroso.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Roberto Barroso disse neste domingo (3) ter convicção de que a democracia no Brasil não está em risco e considerou "contundente" a reação da sociedade às declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre o AI-5 durante a semana.

"Vivemos uma onda conservadora, mas é preciso não confundir conservadorismo com autoritarismo", disse o ministro durante um talk-show no clube Hebraica, em São Paulo, no encerramento da 50º Convenção Anual da Conib (Convenção Israelita do Brasil). "O que eu diria é que o mundo vive um momento difícil em relação à democracia", acrescentou. Barroso defendeu, ainda, uma mudança no sistema eleitoral, com base no voto distrital. "Acho que se não mudarmos o sistema eleitoral, vamos ficar andando em círculos."

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sábado, 26 de outubro de 2019

casamento misto entre judia e muçulmano em israel


France Presse
18/08/2014 15h50 - Atualizado em 18/08/2014 15h57

Casamento entre muçulmano e judia convertida reflete tensões em Israel

Centenas participaram de protesto contra união de empresário e professora.
Presidente israelense demonstrou preocupação; juiz autorizou ato.

Da France Presse
Mahmoud Mansour e Morel Malcha, no dia de seu casamento  (Foto: AFP Photo/Daniel Bar-On)Mahmoud Mansour e Morel Malcha no dia de seu casamento (Foto: AFP Photo/Daniel Bar-On)
Mahmud e Morel não imaginaram que o dia mais feliz de suas vidas seria ofuscado pelos gritos de ódio de manifestantes da extrema-direita israelense contrários a este casamento entre um muçulmano e uma judia convertida.
Centenas de manifestantes atenderam no domingo (17) ao apelo da organização ultradireitista Lehava, que milita contra "a assimilação de judeus e os casamentos mistos".
Vestidos com camisas exibindo lemas racistas, fortalecidos por mais de um mês de guerra na Faixa de Gaza, os manifestantes passaram a noite entrando em confronto com centenas de policiais, tentando se aproximar dos convidados para insultá-los e trocando xingamentos com dezenas de pessoas comovidas pela história de Mahmud e Morel.
Os defensores do casal distribuíram rosas e carregaram cartazes que proclamavam: "O amor é mais forte que tudo" ou "Judeus e muçulmanos se negam a ser inimigos".
"Morte aos árabes" ou "nunca terão minha irmã", gritavam em resposta manifestantes que carregavam bandeiras israelenses.
Os incidentes foram transmitidos ao vivo pela televisão.
Membros da organização radical Lehava carregam cartaz que diz ‘Assimilação é o genocídio do povo judeu’ em protesto contra o casamento de Mahmoud Mansour e Morel Malcha, na cidade israelense de Rishon Letzion (Foto: AFP Photo/Gali Tibbon)Membros da organização radical Lehava carregam
cartaz que diz ‘Assimilação é o genocídio do povo
judeu’ em protesto contra o casamento de
Mahmoud Mansour e Morel Malcha (Foto: AFP
Photo/Gali Tibbon)
O casal "Romeu e Julieta" israelense - ele empresário de 26 anos, ela professora de 23 - se conheceu há cinco anos. Morel Malka, judia, se converteu ao Islã. Morel e Mahmud Mansur pensavam que sua união teria consequências nas relações familiares, mas não imaginaram que isso seria um reflexo das tensões do país, exacerbadas pela guerra em Gaza.
A situação escapou totalmente ao seu controle depois que publicaram o convite de seu casamento no Facebook. Com isso, a organização Lehava convocou uma manifestação em frente ao salão de recepção.
"Nada nos afetará, teremos um casamento lindo, o mais bonito que se pode imaginar", dizia o noivo sorridente antes da cerimônia.
Quatro horas antes da recepção, no pequeno apartamento da família Mansur em Jaffa, um bairro popular de Tel Aviv conhecido pela coexistência pacífica entre judeus e árabes israelenses, a família decorava o salão e dispunha os aperitivos nos pratos.
Nada a celebrar
O pai da noiva não estava lá. Ele havia anunciado pela televisão que não iria ao casamento de sua filha com um árabe.
Já o noivo passou boa parte do domingo no tribunal de Rishon Lezion para tentar fazer com que a manifestação prevista para a noite fosse proibida.
Seu advogado argumentou que o casal tinha sido vítima de intimidação e perseguição. Mas o juiz autorizou a concentração, sob a condição de que ocorresse a 200 metros do salão de recepção.
O caso, muito acompanhado pela imprensa local, chegou aos ouvidos do presidente israelense, Reuven Rivlin, que disse temer que uma linha vermelha fosse cruzada com esta manifestação.
A ministra da Justiça, Tzipi Livni, se disse envergonhada pela ação dos ultradireitistas, que semeia o ódio. "Este tipo de extremismo é insuportável", afirmou na rádio.
Os noivos tiveram que contratar guarda-costas para proteger os convidados. Às 20 horas, na zona industrial de Rishon Lezion, os centenas de convidados precisaram abrir caminho entre os manifestantes.
"É um casamento, mas não há nada a comemorar, já que a assimilação (o casamento de judeus com pessoas não judias) é uma calamidade", explicou o integrante da organização Lehava Bentzi Gopstein, conhecido por suas declarações racistas.
 Membros da organização radical Lehava entram em confronto com a polícia em protesto durante a cerimônia de casamento de Mahmoud Mansour e Morel Malcha, na cidade israelense de Rishon Letzion (Foto: AFP Photo/Gali Tibbon)Membros da organização radical Lehava entram em confronto com a polícia em protesto durante a cerimônia de casamento de Mahmoud Mansour e Morel Malcha, na cidade israelense de Rishon Letzion (Foto: AFP Photo/Gali Tibbon)
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