Boletim da ANBA de 27 de novembro de 2019

‌	O adeus ao mestre O Boletim da ANBA desta quarta-feira (27) comunica com tristeza a morte do professor Helmi Mohammed Ibrahim Nasr, ex-vice-presidente de Relações Internacionais da Câmara de Comércio Árabe Brasileira e pioneiro no ensino do idioma árabe na Universidade de São Paulo (USP). Ele tinha 97 anos e faleceu no último domingo (24), no Cairo, Egito. Nasr nasceu em 22 de março de 1922 em Mansoura, na região do Delta do Nilo, no Norte do Egito. Depois de estudar Literatura Árabe na Universidade do Cairo e fazer pós-graduação na Sorbonne, em Paris, na França, ele chegou ao Brasil em 1962 para lecionar na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Veio para ficar um ano. Ficou 53. Na década de 1970, o professor ingressou na Câmara Árabe e fez parte da diretoria em sucessivas administrações, tendo sido um dos principais responsáveis pelo reconhecimento oficial da entidade pela União das Câmaras Árabes e pela Liga Árabe, em 1992. Nasr publicou diversas obras didáticas, acadêmicas e traduções, sendo que a mais conhecida é uma edição bilíngue do Alcorão, o livro sagrado do Islã. A versão em árabe e português foi impressa em 2005 no Complexo Rei Fahd, de Medina, na Arábia Saudita, e distribuída no Brasil pela Câmara Árabe. No mesmo ano, ele lançou o Dicionário Árabe-Português, por ocasião da 1ª Cúpula América do Sul-Países Árabes (Aspa), em Brasília. Em 2015, o professor, que havia ficado viúvo sete anos antes, decidiu se aposentar definitivamente da vida pública e voltar ao Egito para ficar mais próximo da família. “Me sinto sozinho”, disse Nasr à ANBA na época. “Completei minha missão. Vou terminar minha vida em paz”, acrescentou. Ele deixa o filho Mohamed Nasr, cardiologista no Cairo, duas netas, cinco bisnetos, um irmão e sobrinhos.	‌

Boletim da ANBA de 25 de novembro de 2019

‌	Startup oferece produtos halal amazônicos Conheça no Boletim da ANBA desta segunda-feira (25) a startup de cosméticos, fitoterápicos e alimentos funcionais naturais Biozer da Amazônia. A empresa com sede em Manaus acaba de obter certificado halal e pretende começar a exportar para o mundo árabe. A certificação garante que as mercadorias são próprias para o consumo de muçulmanos. A companhia fabrica óleos e outros itens naturais e veganos a partir de produtos amazônicos. O mercado pretendido é Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. “Sabemos que para chegar em Dubai tem que ter um ótimo produto, por isso fizemos a certificação halal, queremos que as pessoas utilizem os produtos da mesma forma que os caboclos e índios usam da floresta”, disse o diretor operacional da indústria, Domingos Amaral Neto (dir., na foto). A Biozer está se associando à Câmara de Comércio Árabe Brasileira para facilitar o processo de entrada no Oriente Médio. Confira os detalhes em reportagem de Bruna Garcia. Leia também a história da família Bichara, de origem libanesa. O casal Tuffi e Marcia, e o filho Mateus, estão à frente da pousada e fazenda Cafezal em Flor, de Monte Alegre do Sul, no interior de São Paulo, e são pioneiros do agroturismo no estado. Além de curtir uma estadia no campo, os visitantes fazem uma imersão na produção de café. A propriedade produz e comercializa grãos especiais. Na semana passada, os três foram convidados a falar na Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte, sobre as oportunidades de negócios em fazendas de café como uma nova atração para turistas. “Os visitantes estão de corpo presente na lavoura, sentem o calor, os cheiros. Isso mexe com as pessoas”, afirmou Marcia à repórter Thais Sousa. Destaque ainda para postagem de Alexandre Rocha sobre a Arábia Saudita no Blog da Redação. O aumento da presença feminina no mercado de trabalho é sinal evidente da transformação do país, assim como a proliferação de eventos de lazer em áreas públicas. O jornalista esteve por lá várias vezes desde 2008 e conta sobre as mudanças que observou na última visita, no final de outubro.	‌

Boletim da ANBA de 22 de novembro de 2019

‌	Abu Dhabi mostra suas oportunidades no Brasil Saiba no Boletim da ANBA desta sexta-feira (22) que a Zona Industrial Khalifa (Kizad), em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, realiza na próxima semana dois seminários para empresários brasileiros em Itajaí, Santa Catarina, e São Paulo. A organização é da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, que tem escritório na cidade portuária catarinense e sede na capital paulista. A delegação dos Emirados vai contar também com representantes da autoridade portuária Abu Dhabi Ports e da agência de promoção de exportações Dubai Exports. Eles vão falar sobre os benefícios de investir na Kizad, as vantagens de usar os portos de Abu Dhabi como polos de comércio com o mundo árabe e sobre experiências de empresas do Brasil nos Emirados. Confira os detalhes em reportagem de Isaura Daniel. Leia também que a Câmara Árabe irá ter um pavilhão na Anufood, feira de alimentos e bebidas que ocorre 09 a 11 de março de 2020, em São Paulo. O estante terá espaço para 15 expositores árabes, sendo que duas empresas do Catar já estão inscritas para participar. Para empresários do Oriente Médio e Norte da África será uma boa oportunidade para mostrar seus produtos no mercado do Brasil, e os brasileiros, por sua vez, poderão conhecer melhor o que os árabes têm a oferecer. Ainda na área de alimentos, leia que a Minerva tem uma nova planta de abate de bovinos habilitada a exportar para a Arábia Saudita. Esta unidade fica na Colômbia e integra a Athena Foods, que pertence à companhia brasileira. O fundo saudita Salic detém 33% de participação no capital da Minerva.	‌

Boletim da ANBA de 18 de novembro de 2019

‌ Empresária brasileira abre companhia no Catar Conheça no Boletim da ANBA desta segunda-feira (18) a empresária brasileira Luana Ozemela (foto), que abriu uma companhia em Doha para auxiliar empresas do Brasil interessadas em negócios no Catar e vice-versa. “Nossa empresa é considerada pela diretoria executiva do (centro empresarial) Qatar Financial Centre a única empresa liderada por uma mulher brasileira estabelecida lá, e nosso objetivo é prover serviços tanto para empresas brasileiras que querem fazer negócios com o Catar e no Catar, quanto para investidores catarianos que estão buscando oportunidades de investimento no Brasil”, disse ela à repórter Bruna Garcia. Ozemela é doutora em Economia e na semana passada participou do Fórum Brasil África, em São Paulo, e visitou a Câmara de Comércio Árabe Brasileira. A executiva afirmou que a Câmara Árabe é uma entidade muito respeitada no país do Golfo. “Nós trabalhamos muito com a Qatar Chamber (Câmara de Comércio e Indústria do Catar), e eles perguntam se nós trabalhamos com a Câmara Árabe, e nós ainda não tínhamos tido a oportunidade de ter esse contato direto”, contou. Leia também que a Embraer recebeu encomenda de três jatos comerciais E190 da companhia egípcia CIAF Leasing, negócio avaliado em US$ 161,4 milhões que foi anunciado durante a Dubai Airshow, feira aeronáutica que começou domingo (17) e vai até quinta-feira (21) nos Emirados Árabes Unidos. A fabricante brasileira anunciou ainda a venda de três aviões E195-E2 à nigeriana Air Peace e revelou que sua aeronave militar de transporte KC-390 agora passa a se chamar Embraer C-390 Millennium. Na área de inovação, confira que a startup mineira TiX Tecnologia Assistiva recebeu o prêmio de campeã na categoria “supernova” do programa Gitex Future Stars, em Dubai. A TiX oferece soluções sustentáveis e inclusivas para ajudar pessoas com deficiência a desenvolverem suas competências e habilidades por meio de computadores e outros dispositivos eletrônicos. ‌

Iraquianos pagam ‘preço impensável’ para serem ouvidos, diz representante da ONU no Iraque

Boletim da ANBA de 14 de novembro de 2019

‌	Marroquina OCP planeja expansão no Brasil Você está recebendo o Boletim da ANBA excepcionalmente nesta quinta-feira (14) em função do feriado nacional na sexta, 15 de novembro, Dia da Proclamação da República no Brasil. Destaque para reportagem de Isaura Daniel sobre os planos da marroquina OCP no mercado brasileiro. A gigante do setor de fosfato pretende abrir quatro novos locais de armazenagem no País em 2020, em Goiás, Minas Gerais, Pará e Santa Catarina. A empresa traz os produtos do Marrocos e os mantém em armazéns para pronta entrega aos clientes, que são misturadoras e distribuidoras de fertilizantes. “A gente internaliza tudo para o nosso cliente ter nossos produtos just in time do lado da fábrica dele”, disse o CEO da OCP do Brasil, Olavio Takenaka (dir., na foto), que participou do Fórum Brasil África, realizado esta semana, em São Paulo. A companhia está no Brasil desde 2010 e tem filiais em Paranaguá (Paraná), Rio Grande e Itaqui (Rio Grande do Sul), Rondonópolis (Mato Grosso) e Aratu (Bahia), além de dois escritórios na capital paulista. “O Brasil tem sido um dos grandes em crescimento no consumo de fertilizantes no mundo por décadas, e vai continuar a ser”, acrescentou o executivo. Quem participou do Fórum Brasil África também foi o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Tamer Mansour. Afinal, dez dos 22 países árabes ficam no continente africano. Ele participou de um painel sobre o comércio agrícola internacional. O desenvolvimento por meio do agronegócio e os desafios da África nesta seara permearam os debates da conferência. De acordo com o economista chefe e diretor de pesquisa e cooperação internacional do banco de fomento Afreximbank, Hippolyte Fofack, 75% das importações de alimentos e produtos agrícolas do continente são provenientes do Brasil. Na sede da Câmara Árabe, um ciclo de palestras mostrou que o comportamento do consumidor árabe está mudando e também as estratégias do varejo. A consultora de Inteligência Estratégica para Mercados do Oriente Médio e Norte da África da consultoria Euromonitor, Kinda Chebib, contou, por exemplo, que os canais digitais vêm crescendo e as lojas físicas estão se transformando de meros pontos de venda em locais de experiências para o consumidor. A diretora comercial da H2R Pesquisas, Alessandra Frisso, destacou a importância dos jovens no mercado consumidor árabe. “Essa região é muito dinâmica”, declarou Frisso. “É um povo que gosta de negociar”, concluiu a gerente de exportações da Minerva Foods, Janaína Azevedo.	‌

Boletim da ANBA de 06 de novembro de 2019

‌ Empresa egípcia Al Shahed se instala no Brasil Confira no Boletim da ANBA desta quarta-feira (06) que a agroindústria egípcia Al Shahed decidiu se instalar no Brasil. A companhia produz e exporta itens como azeitonas (foto), azeite de oliva e alho, e agora conta com um braço no País com equipe própria e disponibilidade de mercadorias para pronta entrega. “Vamos usar a infraestrutura do porto [de Itajaí, em Santa Catarina] para facilitar e melhorar as vendas no Brasil. Penso que será possível duplicá-las”, disse o diretor comercial da empresa, Abdelrahman Hammam, em evento de lançamento da filial na Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo. A Al Shahed exporta atualmente cerca de 1,5 mil contêineres por ano de azeitonas ao Brasil. A marca aposta também na abertura do mercado brasileiro para o alho egípcio, anunciada em setembro. “O Brasil é o primeiro ou segundo mercado que mais compra alho no mundo”, acrescentou o executivo. Na outra mão, saiba que a companhia Ruzene, de Guaratinguetá, no interior de São Paulo, quer exportar arroz para países árabes. O principal grão produzido pela empresa é o arroz preto, mas ela cultiva ainda outras 15 variedades. A região do Vale do Paraíba, onde fica a cidade, é um importante polo arrozeiro. Segundo o produtor José Francisco Ruzene, há negociação em andamento com um importador da Arábia Saudita e interesse no mercado da Tunísia. “Se conseguirmos um parceiro no Oriente Médio vai ser muito bom para nós, precisamos de um representante para concretizar alguns negócios”, afirmou ele. Na seara cultural, leia que a partir desta quarta o Escritório de Turismo do Marrocos promove no Conjunto Nacional, na capital paulista, uma Semana Marroquina com apresentações musicais, exposição, desfiles e outras atrações. O evento é gratuito e vai até a próxima terça-feira (12). Já em Santos, no litoral do estado, o Museu do Café realiza a mostra “Café Árabe, um símbolo de generosidade” a partir do dia 28. A exibição contará a história da introdução da bebida no Oriente Médio, sua disseminação pelo mundo, a imigração árabe no Brasil e o reconhecimento do café árabe como patrimônio imaterial pela Unesco. A exposição terá peças do Museu do Café de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. ‌