Uma entrevista exclusiva com o cineasta brasileiro Karim Aïnouz é o principal destaque do Boletim da ANBA desta segunda-feira (10). Depois de ganhar o prêmio da mostra “Um Certo Olhar”, no Festival de Cannes, com o filme “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, ele agora prepara um documentário sobre a Argélia, país natal de seu pai. “Antes de terminar o ‘Vida Invisível’ [de Eurídice Gusmão], eu passei dois meses na Argélia pela primeira vez na minha vida, eu nunca tinha ido, e acabei de fazer um filme lá, então estou editando o que filmei, o ‘Argelino por Acaso’, um projeto que é um pouco um embrião de um outro projeto que eu pretendo fazer nos próximos anos, contando a história de amor de meu pai e minha mãe”, disse Aïnouz à repórter Bruna Garcia. O cineasta nasceu em Fortaleza, filho de um engenheiro argelino e uma bioquímica cearense, que se conheceram em Washington, nos Estados Unidos. Na entrevista, ele fala de suas origens, dos pais, da carreira e de projetos futuros.
Leia também reportagem de Thais Sousa sobre pesquisa do brasileiro Paulo Lemos Horta, professor de Literatura na New York University (NYU) em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Ele é especialista em “As Mil e Uma Noites” e estudou a origem do conto Aladim, inserido na coletânea pelo tradutor francês Antoine Galland, o primeiro a publicar as histórias contadas por Sherazade num idioma ocidental, no século 18. As aventuras de Aladim foram contadas a Galland por Hanna Diab, um sírio de Alepo. Com base em suas pesquisas, Horta escreveu o livro “Ladrões Maravilhosos: os autores secretos das Mil e Uma Noites” e editou uma nova versão do conto original de Aladim. “O tradutor pegou a personagem de um viajante árabe. A grande revolução é que a gente pensava que a maior parte do valor literário veio do francês. Agora, sabemos que boa parte do valor vem do sírio Hanna Diab”, afirmou o professor.
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