As oportunidades do acordo de livre-comércio entre o Mercosul e o Egito são destaque do Boletim da ANBA desta sexta-feira (17). A entrada em vigor do tratado completa dois anos em setembro de 2019, e o tema foi discutido em seminário realizado nesta quinta-feira (16) na
Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo.
O diretor-geral de Acordos Bilaterais do Ministério da Indústria e Comércio do Egito, Michael Gamal Kaddes (centro, na foto), disse que as relações comerciais entre o Brasil e seu país estão abaixo do potencial do acordo. “Temos que dar um passo adiante”, disse ele, informa a jornalista Isaura Daniel.
Segundo Kaddes, a pauta de exportações e importações ainda está centrada nos mesmos produtos, então novos setores devem ser trabalhados, como os de máquinas, produtos agrícolas processados, couros, e itens têxteis e de vestuário. Ele sugeriu ainda a realização de mais ações de promoção comercial.
Na mesma linha, o chefe do Escritório Econômico e Comercial do Egito em São Paulo, Mohamed ElKhatib, propôs a exportação à nação árabe de insumos brasileiros contemplados no tratado, para processamento por lá, e posterior venda para outros mercados com os quais os egípcios têm acordos comerciais, como a União Europeia, países árabes e o grupo Comesa, que reúne nações africanas. “Se o produto é de origem egípcia, entra em 77 países sem taxa”, destacou ElKhatib.
Saiba também que o Setor de Estudos Árabes da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) completou 50 anos, e para celebrar vai fazer uma Jornada Comemorativa no dia 22, com uma série de atividades. Confira os detalhes em reportagem de Bruna Garcia.
Leia ainda a história da refugiada síria Joanna Ibrahim, que vive em São Paulo há quatro anos e criou o Open Taste. O projeto dá capacitação para refugiados e imigrantes que buscam obter renda por meio da culinária. “Quando cheguei, queria fazer um site para mim mesma, para vender algo meu, e vi a necessidade de capacitar outras pessoas”, afirmou ela à repórter Thais Sousa. No momento, Ibrahim promove uma campanha de financiamento coletivo para conseguir alugar uma sede própria para o programa.
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